Fotos dos bastidores Sérgio Leitão
Fotos da burrinha cedidas pela junta de freguesia de S. Victor
Sobre a Procissão da Burrinha
Nos primeiros tempos saía para as ruas de Braga na noite de Sábado Santo como procissão espontânea da população de S. Victor, que a organizava desde a década de 40 do século XX, à margem da Semana Santa bracarense. Atraía sempre muito público pelo colorido dos figurantes, em contraste com o tom lilás das procissões da Semana Santa, mas começou a incomodar certa clerezia escrupulosa em minudências litúrgicas: afastava o povo das igrejas da cidade, à hora da Vigília Pascal
ROUPEIRO burinha
Já parece uma oficina de alta – costura para figurantes de procissões. Pelo rigor artístico que revela na criação de vestes santaneiras será bem capaz de conceber também todo o género de indumentária eclesiástica. Pelos vistos, nada fica a dever aos ateliers do ramo: formou mesmo um escol, após dez anos de experiência na actividade. Pode servir até de futura escola para jovens que estejam interessados em abraçar, como opção de vida, a arte de conceber vestes para as procissões ou para o clero. Esta santa indústria “esconde – se Pedro Leitão texto
S. Victor já quase dispensa o aluguer de vestes para a sua Procissão da Burrinha. O “atelier” improvisado no complexo paroquial está a garantir “quase a 100 por cento” o fornecimento da indumentária indispensável “Dentro de algum tempo, estará em condições de assegurar a totalidade do roupeiro”, adianta o presidente da Junta de Freguesia, Firmino Marques. A oficina de costureiras amadoras ao serviço da paróquia surgiu em 1998 com o reaparecimento da Procissão da Burrinha. Em dez anos, essa equipa de voluntárias fez escola na criação deste tipo de vestes: aprendeu a “saber fazer” com qualidade Pedro Leitão texto