sábado, 20 de junho de 2009

Braga romana






foto do busto é de fonte desconhecida, no entanto é pública






Textos
Pedro leitão
Fotos : Alberto Fernandes

A cavalo ou a pé, volta a ser hoje possível viajar de Braga a Astorga pela Jeira ou Via Nova, como nos tempos do Império Romano, assegura Armandino Cunha, arqueólogo do Município bracarense, salvaguardando os “pequenos desvios”. Acredita que o incremento da componente vivencial fará da antiga estrada romana “um fio condutor de novas sinergias entre Portugal e a Galiza, sobretudo entre as suas populações” e até a oportunidade de uma pedagogia sobre a língua galego – portuguesa, além do reforço da imagem de Braga como capital histórica da Galiza. “Se levarmos esta ideia ao extremo, teremos, ao longo do percurso, produtos comuns, promovidos e vendidos com linguagens comuns”, antevê aquele responsável pelo serviço municipal de arqueologia. A viagem obriga a percorrer pelo menos… CCXLVII milhas (em numeração romana), qualquer coisa como 318 quilómetros, a distância que separava Bracara Augusta de Astúrica Augusta (Astorga), através da Jeira. No entanto, Armandino Cunha considera que existe um mercado de “turistas ávidos deste tipo de percursos”, apenas por motivações lúdicos - culturais. Até por isso salienta que a própria via pode constituir uma fonte de riqueza para Braga, sendo mesmo um convite à criação de empresas que explorem o negócio de viagens em grupo até Astorga, que fica em território galego – leonês. Entre as diversas ofertas de serviço, estaria a disponibilização de cavalos ao longo do percurso, com a recriação de “mutationes” (antigas estações de muda).